Capitulo 1 - 2ª Parte
Carla era jovem, loira com
olhos azuis, tinha 17 anos, com cerca de um metro e sessenta de altura e magra.
Dentre os oito amigos era a mais próxima de Bruno, eles faziam quase
tudo juntos.
Ela era a integrante mais
nova do grupo, sua família se mudou pra Maxambomba há cerca de um ano, numa
casa próxima à casa de Bruno. No início era um pouco tímida e não falava com
ninguém, mas Bruno com aquele jeito descontraído e brincalhão logo se tornou
seu grande amigo.
Até que um dia o grupo se
reuniu num rodízio de pizza na pizzaria local e Bruno levou Carla, que desde
então passou a fazer passou a considerar todos os que estavam lá seus amigos.
A noite estava fria e os
sete andavam pela Avenida Neliel S. em direção à casa de Bruno enquanto um estranho silêncio tomava
conta de todo o lugar fazendo com que quanto mais eles se aproximassem, mais a
tensão aumentava entre eles. Depois de uma longa caminhada lá estavam, na casa
de Bruno. Era uma casa grande com dois andares. Quando eles foram se
aproximando da entrada, Leonardo notou algo e foi logo correndo em direção à
porta principal.
— Que estranho! A
porta tá aberta. E pelo estado da fechadura me parece que ela foi
arrombada. — Disse ele fazendo com que todos trocassem olhares
assustados ao receber a noticia.
— Gente, me parece
que realmente tem alguma coisa errada aqui. Acho melhor entrarmos todos
juntos. Alguém tem uma lanterna ou algo do tipo aqui? — Disse
Carlos com certa preocupação.
Ninguém tinha uma lanterna,
mas Hugo, por não gostar muito do escuro, sempre andava com seu telefone que
tinha um indicador de LED que servia de lanterna.
O primeiro a entrar na
casa foi João segurando a o telefone na mão esquerda iluminando o caminho,
seguido por Carlos, Ana, Leonardo, Carla, Mariana, e por ultimo Hugo que estava
numa posição 'estratégica' pois caso algo desse errado ele seria o mais próximo
da saída na hora de fugir. Todos entraram sem fazer barulho pra evitar que seja
lá o que estivesse lá dentro percebesse a presença deles. Até quando
conversavam entre si eles sussurravam o mais baixo possível, talvez pelo medo
ou apenas por cautela.
O primeiro cómodo da casa
era a sala de estar, grande com dois sofás de couro branco voltados a uma TV de
tela plana de 46 polegadas com uma mezinha de centro entre eles e uma poltrona
no lado. Tudo parecia calmo, porém onde estavam Bruno e seus pais,
Cláudio e Marta, a família Maximiliano? O pai de Bruno era difícil de encontrar
em casa, ele era um empresário muito ocupado, mas a mãe dele estava sempre por
lá quando os amigos se reuniam na casa de Bruno. Ela era uma dona de casa que
parecia mais uma daquelas modelos da TV, loira com olhos azuis.
O primeiro andar da casa
parecia não ter nada errado, eles checaram a sala, a cozinha, a dispensa e tudo
lá parecia estar tranquilo apesar da escuridão e do misterioso silencio, tranquilo
até demais. Os amigos foram em direção a escada pra subir até o segundo andar
quando ouviram passos lentos e baixos vindo lá de cima. Todos ficaram
paralisados pelo medo. João que estava à frente olhou pra todos e pediu que
fizessem silencio antes de chamar Carlos para que subisse com ele na
frente enquanto os outros esperariam na escada pra ajuda-los caso algo desse
errado.
— Espera! Carlos,
pega um taco de basebol que o Bruno sempre deixa jogado em baixo do sofá da
sala. Isso pode te ajudar. — Sussurra Carla lentamente. E Carlos não
pensou duas vezes e foi logo pegar.
Os dois estavam prontos
para subir. A escada era larga o suficiente para que os dois subissem um ao
lado do outro. E assim eles foram. Carlos segurando um taco de basebol nas suas
duas mãos e João com a lanterna do telefone apagada e pronto para brigar com
qualquer coisa. Ele era o melhor de briga entre todos. Já fez todo o tipo de
luta, de judô a kung-fu e sempre que algo dava errado com os amigos
ele era o primeiro a ir defendê-los.
Chegaram ao segundo andar
e foram andando lentamente. João ligou novamente a lanterna, mas com sua mão bloqueando
grande parte da luz vinda do telefone para não chamar muita atenção. Logo no
final da escada tinha um grande corredor na forma de um L que parecia mais com
um Hall de entrada com quadros, com esculturas e plantas espalhadas por todos os
lados, além das primeiras portas que podia se ver. Uma isolada do lado direito
era do quarto dos pais de Bruno e as outras duas do lado esquerdo, um quarto de
hospedes e uma sala de cinema. No fim do corredor, na parte final do L onde não
podiam ver sem que fossem até lá ficava a porta do quarto de Bruno, que era
voltado para o quintal dos fundos da casa.
— Vamos primeiro até
o quarto do Bruno — disse Carlos.
Quando eles chegaram perto
da curva do corredor, ficaram parados esperando por algo. Mas nada acontecia. Logo
eles pularam para o final do corredor, Carlos já apontando o taco de basebol ameaçando
que for que estivesse lá e João mirando a lanterna. Mas não tinha nada. Porém a
porta do quarto de Bruno estava aberta, de todas as portas que haviam visto
naquele corredor aquela era a única porta aberta. Do corredor
era possível ver quase todo o quarto de Bruno. Exceto pela
parte onde ficava o armário, mas eles perceberam que a janela do quarto
estava aberta. Eles entraram no quarto verificando logo os cantos dele, mas
havia alguma coisa se mexendo por traz da porta aberta do armário de
Bruno. João sussurrou o nome de Bruno por mais de três vezes, mas nada
acontecia. O que estava lá não era Bruno e disso eles já tinham certeza.
Legal, gostei, ta ficando mesmo bem intrigante... vou ler o próximo post.
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