Ana era considerada a mais
madura do grupo, era também a segunda mais velha, com 19 anos. Ruiva com a pele
clara e olhos verdes, tinha cerca de um metro e setenta e era um pouco magra.
Perdeu seus pais ainda muito
nova e se mudou para Maxamboma para morar com os tios há cerca de oito anos.
Foi quando conheceu Carlos. Os dois estudavam no mesmo colégio na época e não
eram muito sociáveis com as outras pessoas. Falavam apenas o
necessário para sobreviver socialmente. Até o dia em que foram obrigados a
fazer um trabalho escolar em dupla, trabalho que garantiria sua aprovação
naquele ano. Por não serem muito sociáveis, os dois acabaram sobrando e
tiveram que fazer o trabalho juntos. Mas o que não esperavam era que ao final daquele
trabalho acabaram se tornando grandes amigos. E por mais cinco anos eram
somente os dois até o dia em que João se tornou vizinho de Carlos.
Enquanto João e Carlos
estavam lá em cima, Ana resolveu verificar mais uma vez o lugar. Hugo tinha outro
telefone lanterna, não muito bom quanto o que estava com Carlos e João, mas era
o suficiente para iluminar pequenos lugares e assim foram Hugo e Ana olhando
pela casa em busca de algo que os ajudassem a descobrir o que havia acontecido.
Qualquer papel perdido ou anotação perto do telefone era válido.
Ana começou a verificar as
gavetas do armário grande que ficava na sala da casa. Ela olhou todas as
gavetas e nada, porem tinha uma gaveta que ficava trancada sempre, mas por
algum motivo ela estava entreaberta. E Ana não pensou duas vezes antes de
abri-la e encontrou uma pequena maleta na cor prata. Ela colocou a maleta em
cima da mesa e logo em seguida abriu. Na maleta havia papeis, e uma pistola.
— Uma glock pt 380! — disse
Leonardo. Ele era um fã de jogos de tiro e conhecia tudo que era tipo de arma.
— É melhor a gente
guardar ela só por segurança — disse Ana.
— Tá maluca! Vai dar
merda isso garota. — Hugo assustado logo cortando o assunto.
— Deixa comigo! Meu
pai me ensinou a atirar no ano passado. Ele dizia que um dia todos precisam
saber dar uns tiros. — veio Mariana de longe até eles.
— Tá bom! Mas tome
cuidado, só use caso não tenha outra escolha. — disse Ana ao entregar
a arma nas mãos de Mariana.
— Gente! Olha só
isso. — disse Carla enquanto verificava os papeis espalhados pela
maleta.
Era um documento com
informações de uma empresa de pesquisas genéticas que tinha o nome do pai de
Bruno como um dos principais responsáveis. No papel havia algumas poucas
informações sobre alguma pesquisa secreta e algumas datas. Dentre elas estava o
dia anterior, 13 de Agosto dito como o dia do teste final.
— Olha só gente. Aqui
tem algo aqui mencionando alguma coisa que rolou ontem. — disse
Leonardo apontando para a carta.
— Certo dia eu tava
aqui com Bruno e passei por perto do escritório do pai dele pra buscar minha
bolsa. A porta estava encostada e eu não pude deixar de ouvir uma estranha
conversa que ele estava tendo no telefone. Ele dizia que estava quase pronto, e
que logo o mundo todo estaria nos pés deles, provavelmente aquele com quem ele
falava ao telefone. E que aquele remédio faria deles muito ricos e que
estava quase pronto. E que seria em Agosto o dia de apresentar tudo àquilo ao
mundo. — disse Carla com uma expressão de preocupação em seu rosto.
— Não tô gostando
disso. Acho melhor a gente ir pra casa. — disse Hugo.
— Cara essa parada tá
ficando cada vez mais estranha. — disse Leonardo.
— E o que a gente faz
agora? — perguntou Mariana olhando para Ana, até que todos logo
passaram a a fazer o mesmo.
Ana ficou quieta por um
tempo enquanto olhava nos olhos de cada um deles e disse — Acho
melhor a gente ir voltar para a escada. João e Carlos já devem estar descendo
Todos ficaram quietos por
um tempo enquanto olhavam uns para os outros sem saber o que dizer.
— Tem razão! — disse Carla.
— Cara, agora que me
dei conta. Vocês não acham que tá tudo muito quieto lá em cima? —disse Leonardo fazendo com que todos eles
se paralisassem por um tempo.
Logo todos correram em
direção à escada. Ana e Carla estavam na frente e ao chegar ao primeiro degrau
elas pararam e trocaram olhares ao ouvir um estranho estrondo que surgiu do
segundo andar seguido de um grito que era provavelmente de Carlos dizendo.
— Solta ele! — e sem pensar duas vezes todos subiram as
escadas e foram em direção ao barulho.
Clique aqui e leia em inglês.
Legal.. o que será que atacou carlos e João??.. vou ler o próximo pra ver!! hehe
ResponderExcluir