Capitulo 1 - 4ª Parte
Mariana era a mais nova do
grupo, com seus 16 anos. Ela estudava na mesma escola de Bruno e por ele
acabou conhecendo João e logo o resto dos seus amigos. Era baixa com
apenas um metro e cinquenta, morena com olhos castanhos e cabelos longos.
Ela mora em Maxambomba
desde o dia em que nasceu. Sua família era uma das mais antigas da cidade, os
Lima. Sua mãe, Marisa, era responsável por uma linha de lojas de roupas chamada
Lima, e seu pai, Ricardo, era um policial antigo e respeitado entre todos. Ele
morreu durante um assalto a um banco na cidade aos 37 anos, o que era
considerado a maldição da família Lima. Desde o bisavô de Mariana, Marco Lima,
todos os homens da família morreram entre os 30 e 40 anos. Seu bisavô foi um
dos responsáveis por um grande golpe que reuniu outros nove homens muito
dinheiro roubado. Ele gastou o dinheiro que obteve com o golpe e com o que
sobrou foi morar em Maxambomba criando a linha de lojas de roupas que mais
tarde passou a ser administrada pela mãe de Mariana.
O quarto de Bruno estava
escuro e algo se mexia por traz da porta de seu armário enquanto João e Carlos
se aproximavam dele. João segurou a porta para abri-la enquanto Carlos se
preparava para reagir e acertar seja o que for que estivesse do outro lado com
o taco de basebol. João rapidamente tirou a porta do caminho e iluminou com a
lanterna. Havia um homem no chão mexendo em algo no fundo do armário que
parecia não ter notado a presença deles.
— Ei senhor! Tá tudo
bem aí? — João perguntou a ele enquanto o iluminava. Foi quando ele
notou os dois que estavam em pé ao seu lado e olhou para eles.
Era um ser extremamente
pálido semelhando ao que eles tinham visto mais cedo. Tinha os olhos amarelados
com sangue escorrendo de sua boca além de seus diversos ferimentos espalhados
pelo corpo. Mas o que assustou João e Carlos foi quando perceberam que havia
uma faca atravessada pelo peito dele. Era um ferimento muito profundo e difícil
demais de uma pessoa normal sobrevivesse. O homem pálido não falava nada, mas
fazia um barulho estranho, parecia mais um gemido de sofrimento. Ele se
levantou lentamente enquanto olhava fixamente para os dois.
— Mas o que é que
você tá fazendo cara? Tem uma faca aí no seu peito! — Os dois perguntaram
ao mesmo.
Lentamente João e Carlos
andavam para traz evitando a proximidade com o homem pálido, que ao mesmo tempo
ele andava lentamente da direção deles.
— Cara eu não aguento
mais isso. — disse João antes de acertar o homem pálido com um gancho
de esquerda.
Ele ficou um tempo
paralisado sem mesmo mexer os olhos. Até que ele olhou para os dois com uma
raiva que podia ser percebida apenas pelo olhar e começou a correr na direção
eles e ao mesmo tempo ao perceber a movimentação do homem eles começaram a
correr na direção do quarto dos pais de Bruno. Assim que abriram a porta do
quarto e entraram, aquilo pulou em cima do João e tentando morde-lo e os dois
caíram no chão derrubando uma mesa e fazendo um enorme estrondo.
— Solta ele! — gritou
Carlos quando começou a bater nas costas do homem pálido com o taco de basebol,
mas parecia que aquilo não o incomodava muito. Era como se ele não sentisse
dor.
— Acerta na
nuca. — gritou João enquanto lutava evitando que aquilo o mordesse.
Carlos reuniu toda sua
força e acertou um golpe que feito numa pessoa normal seria fatal. Mas aquilo
não fez nada além de deixar o homem um pouco desnorteado o que facilitou para
que João o jogasse para o lado e se soltasse dele. De repente, Ana e Mariana
aparecem na porta do quarto, seguidas de Carla, Leonardo e Hugo. Todos olhavam
assustados para o homem jogado no chão que rapidamente estava se recompondo pra
atacar novamente. Foi quando João pegou o taco de basebol da mão de Carlos e
disse "Pode vir, coisa feia." Foi como se ele tivesse entendido o que
João tinha acabado de dizer e ele acertou bem no maxilar do homem pálido com o
taco de basebol a ponto de poder ouvir o barulho de um osso quebrando. Mas isso
não o impediu e logo foi pra cima de João atacando. João o acertava com o taco
de basebol, mas parecia inútil.
— Gente, vocês não
tem alguma ideia melhor não porque até agora a gente não tá tendo
muita sorte. — disse Carlos num tom de ironia e desespero ao mesmo
tempo.
— Me parece que não
temos outra escolha. — disse Ana para Mariana assim que ele terminou
de falar.
Mariana sacou a pistola,
mirou no peito do homem pálido e logo disparou um tiro. Atingiu na região do
coração. Ele parou por um momento, o sangue começou a escorrer de seu peito,
mas novamente aquilo parecia não ter feito algum efeito a ponto de derruba-lo.
E foi andando na direção de Mariana apontando para a arma que estava na mão
dela com sua mão direita. Ela se assustou e disparou mais um tiro, agora
atingindo o ombro esquerdo dele, mas nada ele continuou andando.
—Na cabeça! — gritou
João.
Mariana não hesitou e logo
disparou um tiro no meio da testa do homem pálido. E ele parou de se movimentar
e rapidamente caiu no chão.
Os três tiros ecoaram como
se fossem três raios caindo no mesmo lugar fazendo um enorme estrondo por toda
a vizinhança.
Todos
ficaram paralisados por um tempo até que Leonardo disse:
— Gente! Mas que
porra foi essa?
— Tava no quarto do
Bruno. — disse João olhando para Leonardo.
— Mas quem é
ele? — Ana perguntou.
Carla se aproximou do
corpo caído no chão, olhou por um momento e disse — Eu já vi esse
cara aqui uma vez. Acho que ele é do trabalho do pai do Bruno.
— Isso tá ficando
cada vez mais estranho, gente. Vou dizer mais uma vez, melhor irmos pra casa e
esquecer o que aconteceu hoje. — disse Hugo com uma voz fraca.
— Não! A gente tem
que achar o Bruno — disse Carlos logo em seguida.
João olhou pro Carlos e
disse — Tem razão! É melhor a gente voltar logo pro quarto do Bruno.
Pode ter mais algum desses por lá. — João concordou com Carlos.
— Cê tá maluco? — retrucou
Hugo.
Voltando ao quarto do
Bruno, que agora parecia calmo e desabitado, eles procuraram por mais pistas
sobre o paradeiro de Bruno. Carla foi logo em direção à janela aberta por achar
aquilo estranho. Ela sabia que Bruno não costumava abrir a janela do quarto
porque quando ele não se esquecia de abrir, ele estava com o ar condicionado
ligado, portanto a janela ficava sempre fechada.
Na janela do quarto do
Bruno podia se ver o enorme quintal da casa e a piscina que ficava exatamente
debaixo da janela. Sempre que todos iam a casa de Bruno eles costumavam pular
pela janela na direção da piscina, até que a mãe de
Bruno descobrisse e desse um enorme esporro em todos eles. Era sempre
a mesma coisa. Carla notou que tinha um pedaço de uma camisa preso na fechadura
da janela.
— É do Bruno. Eu
conheço essa camisa. Fui eu quem deu de presente no ultimo aniversário dele.
Era uma camisa de manga comprida verde. — disse Carla.
Bem lá no final da piscina
perto do muro do vizinho eles notaram umas pegadas.
— Vamos lá ver! — disse
Ana.
Chegando ao quintal dos
fundos eles foram logo buscar as pegadas perto da piscina. As pegadas iam em
direção ao muro dos fundos que dava nos fundos de uma padaria.
— Gente, vamos pular
e ver o que tem lá. — disse João.
— Tá bom. Mas dessa
vez nós vamos todos juntos. — disse Ana em seguida.
E todos pularam o muro.
Do outro lado era uma
pequena área vaziam e sem nenhuma conexão com a parte da frente da padaria. A
única maneira de chegar ao outro lado era passando por dentro dela. Leonardo
examinou o lugar e disse
— Se o Bruno
esteve por aqui ele só pode ter passado lá por dentro da padaria. É a única
saída.
Olha , gostei tabm , mas na hora que eles encontraram o zumbi dentro do armário, eu esperava pânico, e não um simples "— Ei senhor! Tá tudo bem aí?" era a primeira vez que eles viram, então, se eu encontrasse alguem todo ensanguentado, no escuro na casa de uma amigo meu, e com uma faca no peito, eu gritaria e saia correndo. kk .. mas ficou legal!
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