Capitulo 1 - 5ª Parte
Hugo e Leonardo eram dois
irmãos gêmeos de 17 anos, mas poucos que os conheciam sabiam disso, pois eles não gostavam
muito da ideia de serem irmãos, quanto mais irmãos gêmeos.
Embora fossem gêmeos os
dois eram muito diferentes tanto na aparência quanto na personalidade. Leonardo
era o irmão mais velho, sempre se gabou disso com Hugo mesmo tendo uma
diferença de apenas oito segundos entre o nascimento deles. Já Hugo sempre foi
o medroso, tinha medo até da própria sombra, e seu irmão usava isso a seu favor
como uma para conseguir tudo o que queria com Hugo.
Os dois estavam sempre
brigando entre si por qualquer coisa desde que mudaram para Maxambomba, há
cinco anos, sempre se distanciavam dos lugares que frequentavam. Porem Hugo
acabou se tornando um grande amigo de Bruno e Leonardo se tornou amigo de João
que era vizinho de Carlos que era um grande amigo de Bruno. Mesmo lutando pra
ficarem distantes, foi inevitável a vinda do dia em que Bruno, Carlos e João se
tornassem grandes amigos fazendo com que Hugo e Leonardo se aturassem se
quisessem manter seus amigos, que antes não faziam ideia de que os dois eram irmãos
gêmeos.
Leonardo era viciado em
videogames, principalmente os jogos de tiro, e sempre dispensava qualquer coisa
que envolvesse esforço físico o que em consequência o tornou um
gordinho com cerca de um metro e oitenta de altura e pouco mais de 100 quilos.
Tinha a pele morena e olhos castanhos. O cabelo era preto e bem curto, sempre
cortava com maquina, mas não fazia muita diferença porque ele usava sempre um
boné. Já Hugo sempre participou de eventos esportivos, era magro e baixo. Tinha
cerca de um metro e sessenta, a pele clara, olhos verdes e cabelo vermelho
grande que chegava à altura do ombro.
A padaria estava escura e
a única coisa que iluminava era a luz da Lua que entrava pelas pequenas janelas
retangulares distribuídas pelo topo das paredes. Aquela era a cozinha
da padaria e tinha apenas uma pequena porta que dava na parte principal da
padaria.
— Mas que lugar
vazio! — disse João enquanto examinava o local com a lanterna.
— Parece
que alguém tirou tudo o que tinha dentro dessa padaria antes de
sair. — completou Mariana.
A área principal da
padaria estava vazia, não havia nenhum tipo de comida ou produto qualquer.
Aquela padaria quando aberta sempre estava repleta de diversos tipos de
biscoitos e pães diferentes que davam água na boca apenas de olhar. Mas ali nem
os biscoitos estavam mais.
— Vou dar uma olhada na
porta da frente. — disse Carlos já indo na direção da saída.
— Vou junto! —
completou Ana.
Na frente da padaria
estava a única saída para a rua e era bloqueada por duas portas. Na parte
interior estava uma porta dupla de vidro que dava num pequeno espaço antes
da exterior que era uma porta grande de metal um pouco maior do que a
interior e era daquelas que se abria debaixo para cima, se tivesse a chave.
Hugo e Leonardo estavam
procurando pistas de que Bruno estivesse passado por lá, mas parecia que quem
quer que seja quem passou por lá mais cedo havia removido tudo o que fosse
prova de alguém estivesse por lá até mesmo naquele dia.
— Galera essa porta tá
mesmo bem trancada. Acho que a única forma de passar por ela é quebrando o
vidro. — disse Carlos ainda ao lado da porta.
— A gente só precisa de
uma coisa pra tacar nela e quebrar esse vidro. Que tal essa cadeira? —
disse Leonardo que apontava para uma cadeira de madeira que estava bem perto da
porta da cozinha.
— Deixa comigo. —
disse Leonardo já andando em direção à cadeira.
Ele
pegou a cadeira e jogou na direção da porta quebrando todo o vidro dela fazendo
um enorme estrondo e disse — Droga! Fez mais barulho do que eu imaginei.
— Tá bom. E quanto à porta
de ferro. Alguma ideia? — Carlos depois de olhar um tempo para as
travas da porta que fixava ela na parte de cima da parede.
A
porta era presa por uma estrutura de metal pequena nos dois cantos
superiores. Algo em torno de dois metros de altura, nada impossível de se
quebrar.
— Quantas balas ainda têm
nessa arma? — Leonardo enquanto olhava para as travas porta e olhou para
Mariana que tirou a pistola de sua bolsa, tirou o carregador de balas e contou.
— Tem mais 10 balas nesse
carregador e mais 15 no carregador extra que encontrei junto com ela.
— Acho que um tiro em cada
trava é o suficiente pra derrubar essa porta.
— Deixa comigo. — Ana
respondeu já preparando a arma para atirar na trava da direita.
Houve o primeiro disparo
trazendo consigo um enorme estrondo que mais uma vez ecoava pelas ruas da
cidade. Mais um disparo derrubando a outra trava da porta o que fez com que ela
caísse devido ao seu enorme peso.
A luz do luar penetrou
pelo vazio onde antes era a porta da fachada da padaria Delicias. E João foi
logo saindo pela porta em direção a rua.
— FUDEU! — a única
palavra que João conseguiu falar depois do que viu.
— Que foi? — Ana
assustada correndo na direção de João.
Depois de Ana todos foram
correndo para o lado de fora da padaria e lá estava. Cercados não por um ou
dois, mas parecia um arrastão de homens e mulheres pálidos bem parecidos com
aquele que mataram na casa do Bruno. O eco dos disparos da pistola foi
tamanho que atraiu a atenção de todos eles para os sete amigos que ficaram paralisados diante
aquela situação. Parecia que tudo estava perdido e mais nada poderia salva-los.
A noite era escura e
sombria, dos dois lados havia homens, mulheres, criaturas, ou seja lá o que
eles fossem, andando lentamente como se em seu corpo não houvesse mais vida e
estivessem sendo puxados pelos pescoços como se fossem escravos aos montes
carregados por seus senhores. Além deles do lado direito da saída da padaria
nada mais havia além da escuridão da noite e do lado esquerdo um misterioso e
distante rugido acompanhado de uma fraca luz.
A luz foi se tornando mais
intensa e o barulho cada vez maior, até que quando se deram conta uma pick-up
branca havia atropelado parte daqueles que os cercavam como se fossem pinos de
boliche. Ela passou direto derrubando mais ainda deles abrindo caminho e fez
uma manobra de 180 graus e voltou para perto dos sete amigos que estavam
paralisados de espanto com o que acabaram de ver.
Esse foi foda msm.. quando tudo tava fudido esse carro misterioso aparaceu!! ... Rrr odeio quando ficam so me chamando quando estou lendo... como diz, esse carro apareceu pra salvar mesmo... mas de onde veio?
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