Capitulo 2 - 2ª Parte
Parado na porta do terreno
do velho Mário estava um homem alto com pele clara, olhos verdes e cabelo curto
e preto vestido num terno cinza, e segurando uma maleta preta na sua mão
esquerda.
— É assim que você recebe
um velho amigo? — disse o homem.
— E o que trás o tão
importante e presidente da MaxLotus aqui na minha humilde casa? — Mário
respondeu num tom de ironia.
— O que acha de tomarmos
um café?
— Eu to com uma estranha impressão de
que eu não vou gostar do que vou ouvir, mas que seja. — disse Mário já se
virando em direção a sua casa e seguindo — Entre e feche a porta!
Os dois foram para dentro
da casa e nada disseram um ao outro desde então. Mesmo enquanto Mário preparava
o café e servia. Apenas quando ele terminou e se sentou na poltrona que ficava
quase de frente para poltrona onde estava sentado seu misterioso visitante.
— Mário, eu não sei se
você ficou sabendo sobre as minhas pesquisas sobre células tronco, mas estou
com um problema e acredito que você seja capaz de me ajudar a resolver.
— Droga Cláudio, nós não
nos vemos desde que aquele projeto foi cancelado, e você aparece aqui na minha
casa pedindo ajuda depois do que aconteceu naquele lugar.
— Eu esperava que você não
guardasse rancor depois desses 20 anos. — fez uma pausa — Desde que
cancelamos o Projeto N, eu iniciei uma pesquisa sobre células tronco. E
nos últimos dias vim fazendo apresentações sobre os
resultados que foram ao publico ontem. Mas o problema é que antes disso muita
coisa aconteceu. Tivemos alguns problemas durante o processo, alguns resultados
foram bastante negativos. Eu não quero que você julgue isso, mas fizemos testes
com seres humanos já há 10 anos e nem todos responderam muito bem aos testes.
Tivemos casos de morte, demência, agressividade e alguns outros
mais específicos. Todos eles estiveram num setor secreto
do laboratório para que pudéssemos reverter esses
resultados negativos e traze-los de volta.
— E onde você planeja
chegar com isso? — Mário logo cortou a fala de Claudio.
—
Um repórter descobriu sobre o Setor 7 e de alguma forma que ainda não
descobrimos ele causou um caos e lá e libertou todos os prisioneiro. Digo
pacientes. Tudo foi encoberto pra evitar que atrapalhasse na apresentação dos
resultados.
— E você quer que eu mate
todos aqueles que fugiram.
— Você era o melhor de
todos os nossos agentes. Por isso só posso confiar essa missão a você meu velho
amigo. Sei que posso estar te pedindo demais, mas existem evidencias de que
esses experimentos que foram soltos possam se tornar um perigo
mundial então eles devem ser destruídos o quanto antes.
— Olha! Eu não sei se você
percebeu mas o tempo já me alcançou e não sei se posso fazer mais isso. Eu já e
aposentei. — respondei Mário dando um longo suspiro.
— Eu vou fazer o seguinte
então. Vou deixar esses documentos aqui e no meio da tarde você me da uma
resposta definitiva. Sei que não vai me desapontar. Aqui está meu
telefone. — Claudio estendeu sua mão entregando um cartão para o velho
Mário. Ele pegou e colocou em cima da mesa e disse:
— Venha! Vou te levar até
a porta. — ao terminar de falar Mário se levantou logo seguido de Claudio
e os dois foram para a saída sem dizer mais nada um ao outro.
Ao chegar à do lado de
fora do terreno bem em frente à porta Claudio se virou para o velho Mário e
disse:
— Pense bem! O destino do
mundo está em suas mãos, ou melhor, nas suas armas. — ao terminas de
falar, Carlos foi em direção ao seu carro que estava parado do outro lado da
rua e sumiu no horizonte.
Mário tornou a voltar para
dentro de sua casa, pegou uma xícara de café, sentou-se na poltrona,
ligou sua televisão e continuou a assistir o filme de guerra que agora estava
quase no final. Cerca de 20 minutos depois os créditos já estavam
passando e o velho Mário tinha caído no sono.
Horas depois ele acordou
ele ficou para os lados se deparando com o cartão branco que estava em cima da
mesa e o pegou.
O Cartão era branco e nele
estava escrito o nome da empresa de Claudio, o Laboratório MaxLotus e no lado
oposto continha seu telefone e nome "Claudio Maximiliano". Aquilo o
fez lembrar-se da conversa que teve com Claudio mais cedo e olhou para
o relógio eram quase 4 horas da tarde. Mário se assustou ao perceber
quanto tempo havia passado desde que havia dormido e resolveu ligar para o
telefone que estava no cartão.
Ao telefonar, uma voz do
outro lado da linha dizia: "O telefone chamado encontra-se desligado ou
fora da área de cobertura." Ele tornou a ligar novamente, mas nenhum
resultado.
— Merda! — ele disse
enquanto deixava o telefone em cima da mesa e saia para seu terreno.
Ele ficou um tempo olhando
para o céu que ainda estava claro com apenas algumas nuvens espalhadas. Olhou
para o canto direito do terreno e viu sua pick-up branca estacionada e teve uma
grande vontade de dar uma volta de carro.
Tornou a voltar para
dentro de sua casa para pegar as chaves da pick-up que estavam num chaveiro
perto da maleta que Claudio havia deixado com os nomes daqueles que devia
matar. O que despertou sua curiosidade e o fez abrir e pegar a primeira pasta
que continha o nome Paulo Oliveira na capa e uma foto dele que podia ser vista
logo que a pasta fosse aberta. Ela um homem magro com pele clara e cabelos
ruivos pouco compridos e aparentava ter 20 anos.
Depois de um tempo olhando
a ficha ele guardou todas na maleta pegou as chaves com sua mão direita e
maleta com a esquerda e saiu em direção a sua pick-up. Ao chegar do lado dela
ele abriu a porta do motorista e jogou a maleta no banco do carona e se acomodou
no banco do motorista. Ligou a pick-up que demorou alguns segundos para dar
partida, pois era velha e havia algum tempo em que ele nem mesmo saída de casa,
muito menos saía com sua pick-up.
Pegou o controle do
porteiro eletrônico e abriu o portão de garagem
que também com dificuldade devido as partes oxidadas do portão que a
muito tempo não era aberto. Saiu do terreno e tornou a andar por aí com sua
pick-up sem rumo. Após alguns minutos andando ele se deparou com uma estranha
situação. Era um homem de cabelos ruivos que estava abaixado e
aparentemente comendo alguma coisa. Olhando melhor ele percebeu que na frente
do homem ruivo havia um corpo e muito sangue.
O barulho da pick-up
chamou a atenção do homem ruivo que estava abaixado e o fez olhar para o velho
Mário que se surpreendeu ao perceber que aquele era Paulo Oliveira, o
homem que estava nas fichas que Claudio havia lhe entregue. Porem o mais
estranho foi o que aconteceu depois. Paulo, ao perceber Mário se movendo dentro
da pick-up, se levantou e correu numa incrível velocidade na direção
dele e pulou sobre o capô do carro e começou a socar o carro e gritar
enfurecidamente como se fosse um predador em busca de sua presa. Aquilo fez o
vidro rachar, e Mário pegou uma pistola que sempre guardava no porta-luvas da
sua pick-up e disparou uma bala no coração de Paulo.
Aquilo o paralisou por um
tempo, tempo suficiente para que Mário saísse do carro e parasse na frente de
Paulo, que logo se levantava como se estivesse se recuperando rapidamente e
reunindo forças para atacar novamente. Ao perceber aquilo, Mário tornou a
disparar outro tiro agora no meio da cabeça de Paulo que caiu
para trás após o disparo e não se movia mais. Ele estava morto.
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