Capitulo 2 - 3ª Parte
Paulo, já morto, estava caído em frente a sua pick-up e Mário analisava
o corpo em busca de alguma pista sobre o que estava fazendo ou o porque, mas
não encontrou nada. Lembrando que quando ele avistou Paulo pela primeira vez
ele estava na frente de um cadáver ensanguentado, Mário rapidamente
virou de costas para o cadáver de Paulo e correu em direção ao outro para ver o
que encontrava.
Sua visão não foi das melhores o que lembrou dos tempos em que lutava na
Grande Guerra que afetou todos os 3 grandes continentes onde ele viu as
mais cruéis torturas e restos do que um dia foram seres humanos pelo
seus caminhos na região do Grand Valley, um enorme deserto habitado pelos mais
crueis e primitivos povos de todo o planeta. Grand Valley é uma região sem lei
onde dizem que antes era um lugar repleto de vida e paz até que um dia foi
atingido por um enorme meteoro que deixou sua forma marcada como uma gigantesca
cratera desértica e sem vida no maior dos 3 continentes e vizinho do
pequeno continente de Prazina, lar desse velho herói de guerra.
O corpo estava totalmente desfigurado com marcas de mordidas espalhadas
por todo ele, aparentemente um homem. Mário procurou mais alguma pista porém
nenhuma foi encontrada. Desapontado e extremamente tenso com aquela situação,
Mário voltou a sua pick-up, porem ao dar a partida no motor ele ouviu ruídos
estranho vindos da subestação de energia, que abastecia toda a cidade de
Maxambomba, e próxima apenas um quarteirão de onde estava. E
rapidamente ele saiu com o carro e foi em direção a subestação.
O enorme portão da subestação estava fechado, o que fez Mário sair da
pick-up e procurar a portaria. Não havia nenhuma porta além do grande portão de
ferro da entrada, porém havia um porteiro eletrônico próximo ao
grande portão. Mário tocou a campainha diversas vezes mas parecia não
haver ninguém no local. Ele entrou novamente na sua pick-up e ligou o
motor.
— Que se foda! — ele disse antes de acelerar o carro contra o
portão derrubando ele como se fosse feio de papelão.
Lá estava ele dentro da subestação de distribuição aparentemente
sozinho, o que parecia estranho pois sempre havia um pequeno grupo de
trabalhadores lá para garantir que a cidade estivesse sempre iluminada. Porém
um barulho que parecia ser uma cadeira caindo veio de dentro
do escritório que ficava mais próximo ao portão.
Mário desceu da pick-up e foi até o porta-malas e pegou uma grande
maleta preta. Dentro dela haviam diversos tipos de armas, dentre elas uma
Shotgun, nos tempos em que lutava na guerra era sua favorita. Ele a pendurou
sobre o ombro e guardou a maleta no banco traseiro da pick-up. E logo
foi em direção ao escritório de onde o barulho havia saído.
Na porta havia uma vidraça porém nada podia ser visto do lado de dentro
pois tudo estava apagado, o que fez com que Mário tivesse que abrir a porta lentamente
evitando fazer qualquer barulho. Sua arma já estava na mão e pronta para
disparar em qualquer coisa que se movimentasse a sua frente. Não havia outra
escolha, ele tinha que entrar.
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