segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O Apocalipse Zumbi - Post 15

Capitulo 4 - Parte 3
Hugo


Apesar de estar em um lugar estranho e aparentemente inabitado, Hugo parecia reagir bem. Desde que desceu da pick-up, Carla esteve do seu lado aparentemente bastante abalada com tudo o que havia acontecido naquele dia mas ela tentava esconder talvez para confortar a si mesma, fazendo-a acreditar que ela realmente estava bem.
Enquanto todos pareciam fazer alguma coisa, os dois estavam se sentindo destacados, inúteis, apenas mais dois pra trazer preocupação aos seus amigos. No bolso da sua calça, Hugo tinha uma arma de choque que ele já estava segurando quando disse a Carla com um sorriso triste e ao mesmo tempo confortante no rosto.
— Não sei se isso pode fazer algum efeito com aquelas coisas. Mas pode te proteger em algum momento.
— Obrigada! Mas o que você vai usar pra se proteger. — Carla disse ao pegar a arma de choque das mãos de Hugo deixando escapar toda sua preocupação com o que poderia acontecer com todos eles.
— Não se preocupe. Meu irmão é muito bom com armas. Ele fez um curso de tiro quando eramos mais novos. Ideia do nosso pai. E é mais seguro uma arma nas mão de alguém que saiba usar do que nas mãos de um tolo como eu. — com um rápido sorriso no rosto.
— Hugo. Você sempre foi o mais sensato entre todos nós.
— Eu sempre fui é o mais medroso. Isso sim é o que todos dizem.
— O medo as vezes é o que nos mantem vivos. Mais importante que toda coragem no mundo. Eu sinto que as coisas a partir de agora só tendem a ficar mais difíceis e impossíveis de se lidar. E não é a coragem que vai nos manter vivos. Coragem não adianta contra essas coisas. Eu olhei nos olhos deles lá na padaria. E não vi nada alem do vazio. Até mesmo um animal selvagem teria algo mais nos olhos do que aquelas pessoas. Pareciam zumbis. — Carla disse com uma tristeza que a consumia mais a cada palavra. E que, percebendo aquilo, Hugo resolveu mudar de assunto. Talvez se encontrasse algo fazer, ela podia esquecer aquilo por um tempo. E ao mesmo tempo ele não parava de pensar sobre o que ela dissera sobre os olhos frios e vazios de todos aqueles que pareciam mortos-vivos que por pouco poderiam te-los matado, ou pior.
— Ei. Esquece isso. Vamos até a porta e ver se conseguimos ajudar o Jonny e o seu Mário a abrir a porta.
— Tudo bem. É melhor mesmo.
Eles foram em direção a porta e notaram Leo saindo de perto do João indo em direção à Carlos e Ana que estavam de pé ao lado da pick-up. Mariana estava logo ao lado de João e os dois mexiam em algum dispositivo ligado a porta. Um 'beep' surgiu, logo seguido de mais um outro som de uma trava.
— Pronto. Conseguimos. — disse João olhando para Mariana e Mário.
Hugo e Carla já estavam de pé ao lado dos trés. Quando Hugo notou que Carlos, Ana e Leonardo já estavam a caminho da porta. Ele olhou novamente para a porta tentando enxergar além do vidro embaçado da porta.
— O que esperamos encontrar lá dentro? — Ele perguntou.
— Respostas. Meu caro. Respostas. — Mário respondeu. Olhando nos olhos dele tentando encontrar a mesma esperança que ele cultivava.
— Vamos? — disse Carlos ao se aproximar do grupo. Ninguém respondeu. Todos se calaram e entraram no laboratório.
A entrada principal era enorme e ao mesmo tempo vazia. Não tinha lada além de um corredor que seguia ao lado direito de uma recepção formada apenas com um balcão com um letreiro de aço com o nome: "MaxLótus".
Todos seguiram em direção ao balção. Haviam dois computadores lá, porém apenas um estava ligado com a seguinte mensagem na tela: "S2-27-B". Mas o que aquilo significava, Hugo não fazia ideia.
— O que isso quer dizer? — ele perguntou olhando para Mário.
— Não sei.Talvez seja uma senha. Ou algum código de localização. — Mário respondeu.
— Olhem nesse mapa. Aqui diz que estamos no T1-1-A. Talvez isso seja a localização de uma sala. Olhem, deve haver aqui em algum lugar uma indicação de como chegar nesse endereço da tela — Mariana disse olhando para o enorme mapa que havia bem atras do balção da recepção.
— Aqui embaixo tem uma legenda com algumas letras. T...A...aqui, S. — disse Carlos olhando fixamente para o mapa.
— E o que isso quer dizer? — Hugo perguntou.
— Subsolo! — Mariana respondeu.
— Isso quer dizer que temos que chegar ao subsolo 2, sala 27 B! — Hugo exclamou.
— Provavelmente. — disse Carlos.
— Então vamos logo. — disse João.
Eles seguiram o corredor repleto de salas fechadas. Depois de andar por cerca de 5 minutos encontraram um elevador que suportava até 9 pessoas. Então todos entraram e seguiram para o subsolo 2.

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