Capitulo
4 - Parte 4
Carlos
Mal a porta do elevador se
abriu e um forte cheiro de podre perfurou as narinas de todos que deve ter
feito todos eles se perguntar quem ou quantas pessoas haviam morrido naquele
lugar. O elevador era grande o bastante para que todos pudessem descer juntos
até o Subsolo 2.
Mário e João foram os
primeiros a sair do elevador. Mario com sua Shotgun apontada sempre para frente
enquanto João iluminava seu caminho com uma lanterna. As luzes principais
estavam apagadas porem pequenas luzes de emergência iluminavam ao
longo do corredor precariamente, o que não permitia que pudessem enxergar o que
estivesse muito alem de 5 metros a sua frente.
Mas o que podia enxergar
era algo que trazia a todos um aperto no coração ao pensar sobre o que havia
acontecido naquele lugar. Manchas de sangue na parede como
se alguém estivesse bastante ferido e mal tinha forças para
se manter de pé e andava apoiando sobre a parece deixando marcas borradas de
sua mão além de finas linhas de sangue no chão, em certas partes do
corredor pareciam ter poças ou marcas de sangue seco.
Eles não sabiam para que
lado seguir, se para direita ou esquerda da saída do elevador.
— Talvez devêssemos
seguir pela esquerda. Afinal, a direita é por onde viemos lá de cima, então
aqui não deve ter muita coisa. — Hugo sugeriu.
— É mas não se
esqueça que estamos no subsolo e ele pode se estender até mesmo além
dos muros do laboratório. Alias, pelo que conheço o Cláudio isso deve ir bem
além dos muros do laboratório com uma saída secreta em algum lugar. — Respondeu
Mário a sugestão de Hugo.
— O jeito, então, é
olharmos a numeração das portas e seguirmos até encontrar a...qual é mesmo o
número? — disse Carlos.
— Sala
27-B — Hugo respondeu.
— Então sugiro que
começamos a procurar pela direita. — Carlos respondeu.
Logo todos seguiram em
frente olhando a numeração das salas. 17-D....19-F...Quando mais andavam mais
salas encontravam e mais distante a sala 27-B parecia estar. E as
manchas de sangue não acabavam, as vezes mudavam de lado, parecia que em
momentos havia mais de uma pessoa que estivera naquele lugar. Mas num
momento próximo a sala 21-H, que por algum motivo era a única sala
que encontraram até agora que estava aberta, próximo a porta daquela
sala, na parede, haviam marcas de sangue que parecia
que alguém estivera lugando. E na maçaneta da porta também
tinha mais manchas de sangue. Todas aquelas evidências de que algo errado havia
naquela sala, faziam Carlos pensar cada vez mais se ele realmente iria sair
vivo daquele lugar.
Mário entrou lentamente na
sala evitando fazer algum barulho e logo atras dele estava João sempre
iluminando seu caminho. Logo todos estavam na sala. Parecia algo como o
laboratório do colégio onde Carlos estudou por toda sua vida. As paredes tinham
uma cor marrom e várias bancadas dividiam o lugar, que por sinal era enorme.
Cheio de tubos e mais tubos de ensaio espalhados pelas bancadas. Mas em algumas
bancadas do outro lado da sala haviam vários tubos derrubados e quebrados sobre
a mesa e alguns no chão, o que claramente dizia que alguém havia lutado alí.
Um estranho som surgiu
quando todos eles se aproximaram do outro lado da sala, um som de cacos de
vidro sendo arrastados alem de tecidos de roupas. Foi quando ela se levantou
olhando friamente na direção de todos eles.
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