Capitulo 4 - Parte 5
João
Leo
foi o último a entrar na sala, enquanto João e Mário já estavam parados em
frente a ela. Loira, um metro e sessenta, com olhos verdes e uma estranha
coloração cinza que parecia consumir lentamente suas pupilas. Ela vestia um
jaleco branco com várias manchas de sangue espalhadas e um rasgo no braço
direito onde parecia que algo havia mordido e bastante ainda um pouco úmido
naquela região. Eles
puderam notar uma tensão correr por todo o corpo dela, como se ela estivesse
lutando contra algo dentro de si, sua boca começou a se mexer mas nenhuma
palavra saía, tudo o que ela conseguiu emitir foi um fraco gemido.
—
Quem é você e o que foi que aconteceu aqui? — Mário perguntou, mas não obteve
nenhuma resposta. O que o deixou nervoso e logo apontou sua Shotgun em direção
ao peito dela.
—
Olhem! Tem alguma coisa na mão dela — João notou enquanto iluminava o corpo
dela buscando pistas — Ali! — ele apontou e iluminou para a mão esquerda dela
onde tinha uma seringa com um líquido azul dentro.
Ao
reparar isso, Mário começou a se aproximar lentamente dela — Qual de vocês é
tem a melhor mira aqui? — ele perguntou enquanto se aproximava cada vez mais.
—
A Mariana — disse Hugo.
—
Então, Mariana! Quero que você mire bem no meio da cabeça dela — ao dizer isso,
Marina pegou sua pistola e apontou na direção da mulher, e Mário começou a
abaixar sua Shotgun e continuou — Se ela demostrar algum perigo eu quero que
você atire, tudo bem?
—
Tá bem — Mariana respondeu se mantendo firme bem em frente a mulher que parecia
não notar a arma apontada para sua cabeça e apenas olhava fixamente para os
olhos de Mário como se estivesse esperando pra ver o que ele iria fazer.
Enquanto
isso Leo ouviu um barulho vindo de fora, do corredor e perguntou — Vocês
ouviram isso? — Mas parecia que ninguém além dele tinha escutado aquilo — Vou
lá ver o que foi.
—
Espera! Eu vou com você. — Disse Ana olhando para ele e logo es seguida os dois
olharam para Mário que fez um sinal positivo balançando a cabeça e os dois logo
saíram da sala.
Assim
que os dois saíram da sala, Mário continuou a avançar lentamente em direção a
mulher — Está tudo bem com você? — disse olhando pra ela — Tem alguma coisa que
eu possa ajudar? — mas ela não dava nem um sinal nem mesmo de que estava
entendendo o que ele dizia — Olha, eu vim aqui ajudar. — disse isso levantando
as mãos e mostrando ambas livres pra ela que logo parou de encara-lo pelos
olhos e passou a olhar fixamente para as mãos de Mário que estavam logo sua frente. Mas algo parecia estar
errado.
A
cor dos olhos dela estavam sumindo lentamente e já estavam quase totalmente
escurecidos e sem vida, como se ela estivesse morrendo. Suas mãos começaram a
tremer e logo seus olhos começaram a se mover olhando para tudo a sua volta
como se tivesse acabado de acordar e tentava saber onde estava. Logo ela fixou
os olhos novamente em Mário a sua frente, mas dessa vez algo estava diferente,
ela o olhava como se fosse algo que pudesse devorar depois de ter passado fome
por dias. Um sorriso. Um longo e maléfico sorriso que ela deu antes saltar pra
cima de Mário tentando morde-lo a qualquer custo.
Os
dois começaram a lutar, embora Mário fizesse de tudo para manter os dentes dela
bem longe dele, pois ele tinha a estranha sensação de que mesmo que fosse um
ferimento leve, se ela o mordesse...bom, algo ruim poderia lhe acontecer, e ele
não queria testar sua sorte pra ver o que seria. Depois de um tempo rolando
pelo chão, João conseguiu agarrar a mulher pelas costas e joga-la em uma
bancada, fazendo-a derrubar vários tubos de ensaio com diferentes líquidos
dentro que se misturaram todos em cima da bancada e um pouco no chão.
Ela
caiu no chão e logo se levantou agora indo na direção de João, que se preparou
pra briga quando ouviu um barulho e ela estava imóvel na sua frente com um
buraco bem no meio da testa. — Mas o que? — ele perguntou surpreso sem notar o
que realmente tinha acontecido.
—
De nada! — disse Mariana que tinha dado um tiro certeiro bem no meio da testa
daquela mulher.
—
Ela tinha uma seringa na mão — disse Carlos — Alguém viu onde ela foi parar?
—
Quando ela pulou pra cima de mim — disse Mário enquanto levantava do chão — Ela
deixou cair perto daquela bancada.
Hugo
foi procurar a seringa e achou debaixo da bancada. — Mas o que será que tem
aqui dentro? — disse enquanto olhava a seringa — Tudo que tem escrito aqui
parece ser algum tipo de código ou identificação.
—
E o que diz aí? — perguntou João.
—
138-b — ele respondeu — Alguém tem alguma ideia do que isso pode significar? —
mas ninguém disse nada e logo um enorme estrondo veio do corredor, seguido de
mais outro. — Tiro? — e todos se olharam — Ana e Leo! — Hugo guardou a seringa
no bolso do seu casaco e se levantou correndo logo atrás de todos pelo corredor
indo na direção dos tiros.
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