segunda-feira, 9 de abril de 2012

O Fantástico Mundo! - O Galpão



O tempo começou a passar naquele lugar e eu aprendi o que eram horas, aprendi o que eram dias, aprendi o que eram semanas, e todos pareciam iguais.
Os dias eram longos e repletos de horas. No meio dos dias nós tínhamos um momento que saíamos todos da sala 13 e passávamos algum tempo num enorme local em que podíamos ver o céu, tão longe e magnífico. Por vezes perguntei àqueles que pereciam comandar o lugar, mas nenhum deles soubera me explicar exatamente o que era o céu. Cada um me vinha com uma resposta totalmente diferente o que me deixava apenas mais incerto.
Com o tempo, um dos outros pequenos acabou se tornando meu amigo. Havia algo de diferente em sua aparência apesar de todos parecerem ser da mesma especie, alguns poucos tinham algumas características um tanto diferente, algo que posteriormente também notei acontecer com os caninos, e assim era Habib.
Por vezes Habib me ajudou em determinadas missões em que invadíamos um enorme galpão que guardava um estoque quase que infinito de suprimentos. Havia suprimentos de todos os tipos, e após algum tempo alguns outros também se juntavam em nossas empreitadas em busca desses suprimentos e todas as vezes nós dividíamos tudo o que conseguíssemos igualmente.
O pátio era extenso e repleto de grandes e compridas estruturas escuras cobertas por milhares de pequenas e finas coisinhas verdes, essas estruturas que alguns chamavam de arvores. Ao longo do pátio bem em uma de suas extremidades havia o galpão. Esse galpão era dividido em duas partes. Numa delas haviam duas velhas senhoras que entregavam alguns desses suprimentos em troca de pequenos e brilhantes círculos que continham todos um rosto desenhado de um lado, e estranhos desenhos do outro.
Porém o verdadeiro tesouro estava na parte outra parte do galpão, era trancada por uma porta e somente uma das duas velhas senhoras que continha a chave, e elas revesavam a cada dia qual delas tomaria conta das chaves. As duas vestiam uma enorme saia na cor cinza e camisas de manga na cor branca. Na divisa entre a saia e a camisa, haviam algumas alças e numa delas ficava pendurado um jogo repleto de chaves brilhantes e prateadas, porém apenas uma delas era diferente, era a chave dourada que nos dava acesso ao galpão com uma inimaginável variedades de suprimentos, alguns daqueles suprimentos eram tão especiais e deliciosos que as duas velhas senhoras guardavam somente para si. Então para podermos ter acesso aquele maravilhoso deposito nos precisávamos de alguma forma pegar a chave dourada, entrar no galpão, pegar os suprimentos, sair e devolver a chave dourada sem que fossemos percebidos.

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