Capitulo 6
1ª Parte
Capitão Costa
Na cidade de Nova Aliança
Um céu sem nuvens
trazendo consigo uma tarde quente e úmida enquanto o sol pairava sobre suas
cabeças fazendo o suor cair sobre seus rostos. E o Capitão Júlio Costa interrogava
Jonathan Vieira, muito conhecido pelas ruas de Nova Aliança como Jony.
- Olha Jony, por
que não fazemos isso da maneira mais fácil? Você me diz onde estão às drogas e
eu te deixo voltar pra aquela sua barraca de filmes piratas.
- Eu já te disse
tudo que eu sei. Um tal de Maninho. Dizem por aí que é ele quem faz o
transporte na cidade. Isso é tudo que eu sei.
- Eu pensei que nós
tivéssemos feito um acordo. Mas você não me deixa outra escolha. Tá vendo esse
grandão aqui do meu lado? Esse aqui é o Cabo Ramirez. Acabou de chegar à
cidade. Doidinho pra meter porrada em vagabundo.
Aquilo trouxe uma
onda de felicidade ao rosto de Ramirez, um brutamonte de um metro e noventa.
- Que isso Capitão.
Não vamos exagerar. - Ramirez se aproximou fazendo com que Jonathan Vieira se
encolhe na velha parede vermelha de pequenos tijolos, típicos em toda parte na
cidade. - Meu Deus, tira esse brutamonte daqui. Esse cara é tão grande que
parece que tomava mamadeira de carne de rinoceronte quando bebê.
- Se você cooperar
comigo.
- Eu já disse tudo
que sei.
- Então vou deixar
você e Ramirez se conhecerem melhor.
Ramirez não pensou
nem duas vezes a começar sua festa enquanto espancava Jonathan. Mas ele parecia
ser um cara de sorte que foi salvo de uma tremenda surra quando o Tenente
Oliveira chegou com seu fuzil nas costas e um aviso para o Capitão.
- Capitão!
Recebemos um chamado urgente do Hospital MaxLotus.
- Muito bem. Cabo. Algeme
nosso convidado e leve até o camburão que depois nós terminamos nossa conversa.
Parece que temos coisas mais importantes para tratar agora.
Ramirez o obedeceu
com certa tristeza, pois apenas havia começado a se divertir enquanto espancava
Jonathan.
O carro do Capitão
era um carro de luxo que apenas alguns policiais tinham. Lindo para um parro da
policia e ao mesmo tempo o mais resistente e veloz que qualquer civil poderia
comprar. Os carros da policia alcançavam velocidades superiores a dos carros
comuns o que fez a viagem até o Hospital que se localizava aos redores da
cidade próximo a Reserva Amazônia, a maior reserva florestal com cerca de 6
milhões de quilômetros quadrados.
Logo chegaram ao
hospital que normalmente era uma confusão de sirenes e enfermeiros barulhos e
enormes filas de espera pra atendimento, e logo Tenente Oliveira notou o estranho
ar úmido e silencioso e fedorento que se passava pelo hospital.
- Parece que a
coisa aqui foi séria. E que cheiro de podre é esse?
Todos já estavam
fora do carro exceto por Jonathan que estava algemado no bando de traz do
carro.
- Tenente. Dê uma
olhada na entrada da emergência.
Ele logo o obedeceu
e se foi. Depois o Capitão foi até a mala do carro e pegou uma das poderosas
pistolas de impacto que a policia usava apenas em casos isolados e jogou para
Ramirez.
- Cabo. De uma
olhada no perímetro.
E logo não se podia
mais ver Ramirez desaparecendo por traz do hospital. O Capitão voltou até o
carro e abriu a porta do banco onde estava Jonathan.
- Capitão, você
devia ficar de olho nesse rapaz. Entregar uma arma daquelas nas mãos dele e
deixa-lo sair por aí sozinho. Isso vai dar merda.
Aquilo pareceu
divertir o Capitão ao perceber que Jonathan tinha razão.
- Jonathan. Por
anos venho limpando as ruas dessa cidade. E nós fizemos um acordo, lembra. Eu
te dei passe livre em troca de informações.
Então me diz logo o que sabe sobre esse ultimo carregamento de drogas
que chegou à cidade.
- Olha só, Capitão.
Tudo que eu sei é que tem esse cara, o Maninho e ele chegou à cidade poucos
dias pra tomar conta de todos os carregamentos de drogas que passarem por aqui.
Sabe. Desde que você chegou à cidade eles estão perdendo muito dinheiro com
toda a droga que você tem apreendido. E Maninho contratou dois irmãos, eu não
descobri o nome deles, mas o que sei é que são assassinos profissionais e virão
te procurar.
Aquela noticia
espantou o Capitão de forma que não pode dizer nada por um tempo. Ele mergulhou
em seus pensamentos até que o disparar de um tiro o acordou.
- Merda! Fique aí.
- ele trancou Jonathan no carro, pegou sua pistola e correu para a entrada da emergência
do hospital de onde havia vindo o som do tiro.
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