Capitulo
6 - Um Louco e seu Martelo
Parte
4
Capitão
Costa
Na
cidade de Nova Aliança
James foi pego de
surpresa e deixou o machado cair de suas mãos enquanto era jogado contra o chão
para uma dolorosa morte. Uma mulher, na verdade um zumbi mulher que devia estar
apenas se tratando no hospital quando se tornou naquilo. Ela não vestia nada
além de um vestuário de paciente daqueles fornecidos pelo hospital com uma
abertura nas costas. Era loira e apesar de ter alguns ferimentos no rosto e em
seus braços, sendo uma terrível marca de mordida no braço esquerdo, era
possível notar o quanto ela era bonita antes.
Eles estavam
lutando no chão enquanto ela tentava morder qualquer parte do corpo de James
que conseguisse. O Capitão a tinha em sua mira, mas como James estava por baixo
era arriscado disparar um tiro contra ela sem feri-lo. Por um tempo os dois
ficaram lutando pelo chão até que o Capitão pudesse encontrar a melhor posição
para atirar e foi quando James finalmente conseguiu joga-la de lado que dois
tiros foram disparados contra as costas daquela zumbi.
James logo a jogou
de lado e se pôs de pé. Mas embora aquelas duas balas alojadas bem nos pulmões
dela fossem o suficiente para matar uma pessoa comum aquilo apenas parecia ter
lhe causado uma enorme dor, porém, nada mais que isso. Aquilo havia espantado
todos eles, pois embora todos estivessem com ela na mira de suas armas, nenhum
deles se moveu ao ver aquilo. Exceto por James, aquele homem parecia um louco
ao pegar o seu machado e iniciar uma investida enfurecida contra aquela pobre
mulher que tivera a desgraça de se tornar uma zumbi. Foram inúmeras machadadas
na cabeça dela até que ela não fizesse mais parte de seu corpo.
- Meu Deus! Esse
homem é louco. - O espanto de Jony parece ter trago o Capitão e Tenente
Oliveira de volta de seus pensamentos.
James estava
ofegante enquanto descansava com suas mãos apoiadas sobre seus joelhos.
- Eles só param
quando você acerta na cabeça.
Aquilo explicava
bastante coisa, como por exemplo, o fato dela ter suportado aqueles dois disparos
no peito. Mas mesmo assim não era motivo para que James descontar tanto ódio.
Bastava apenas então que ele golpeasse o pescoço dela. Aquela cena não parava
de se repetir na cabeça do Capitão quando seus pensamentos e o silencio da
floresta foram todos cortados por um estranho rangido que ecoava por todos os
lados.
- Mas o que tá
acontecendo aqui? - parecia que não só o Capitão, mas também James havia notado
algo estranho naquela floresta desde que deram seus primeiros passos adentro,
porém agora não podiam nem mesmo enxergar mais a entrada que usaram.
- Bem-vindos à
Floresta da Perdição!
- Mas que merda de
nome é esse Jony? - James não parava de examinar todos os cantos que seus olhos
podiam avistar.
Aquilo atraiu a
atenção de todos para Jony na espera de uma explicação.
- Quando eu era
moleque eu costumava vir por aqui com a galera, sabe. Por curtição. Dizem que
nessa floresta dormem antigos espíritos que viviam por todo o continente
Gondwana antes da chegada dos primeiros homens. É uma floresta assombrada. Não
tem lugar melhor pra vir zoar com a cara de seus amigos quando se é
adolescente. Mas de todas as vezes que eu vim aqui eu nunca vi nada demais.
Nada além desse barulho estranho que ela faz de vez enquanto. É como se as
arvores estivessem sendo empurradas pelo vento por quilômetros formando esses
sons.
- Espíritos? -
indagou Tenente Oliveira.
- É. Dizem que eles
vivem nas arvores. Adormecidos. Esperando apenas o momento de agir.
- Bom. Então é
melhor a gente encontrar logo Ramirez e sair daqui antes que esses espíritos
resolvam que tá na hora de acordar e festejar com a gente.
- Tem razão
Capitão. Vamos continuar seguindo os rastros dele.
Um som de folhas
mexidas e galhos quebrados surgiu de algum lugar a frente da trilha deixada por
Ramirez. O que poderia ser aquilo? Bom. O Capitão e todos os outros estavam
ansiosos por descobrir, pois logo correram em direção ao barulho na esperança
de que aquilo fosse Ramirez.
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