Capitulo
7 – Doutor Whoe?
Nas
Instalações do Laboratório MaxLotus
Corriam todos pelo
corredor sem fazer ideia do que teriam de enfrentar pela frente, mas de alguma
maneira Hugo desconfiava que se tratasse de seu irmão. Eles nunca se deram
muito bem, mas a simples ideia de perdê-lo assustava Hugo de forma que ele
esquecia todos seus outros medos e corria bem a frente de todos pelo longo
corredor do segundo andar subterrâneo do laboratório.
Logo a sua frente
estava uma jovem loira de abaixada de costas para todos que vinham, era Carla.
Tinha alguém ao lado dela, tinha uma pele enrugada e cabelos brancos que o
fazia parecer ter mais de setenta anos. Ele estava usando uma calça marrom com
uma camisa verde abotoada e por cima tinha um jaleco branco, porém já bastante
sujo e com diversas manchas se sangue. Mas o que fez com que Hugo se paralisa
foi ver quem estava deitado e desacordado entre os dois. Era seu irmão, Leo.
- O que foi que
houve? - era o que Hugo teria perguntado se palavras pudessem sair de seus
lábios. Pois tudo o que fez foi se ajoelhar em frente ao irmão e permanecer
imóvel até encontrar abrigo nos olhos de Carla que parecia ler sua mente quando
começou a explicar.
- Nós estávamos
nesse cruzamento quando Leo ouviu algo e veio em frente checar. Foi quando o
Doutor Whoe...
- Espera. Whoe é
você?
- Mário?
- Meu Deus. Mas
como você envelheceu.
- Vocês dois se
conhecem? - indagou Carla.
- Whoe é um velho
amigo. Nós trabalhamos juntos a muito tempo, mas jaz fazem alguns anos que eu
me aposentei.
- Interessante. Mas
como eu estava dizendo. Doutor Whoe estava no fim do corredor quando viu Leo de
longe e pensou que ele estivesse como uma dessas pessoas que vem nos
cercaram antes do senhor Mário aparecer
então ele disparou dois dardos tranquilizantes em Leo. Como o Doutor Whoe
estava me dizendo, pessoas nesse estado são difíceis de controlar e por isso os
dardos continham fortes sedativos fortes de sedativos capazes de matar uma
pessoa comum. Agora ele está tentando anular o sedativo antes que se espalhem
por todo o corpo do Leo e seja tarde demais para salva-lo.
- Eu já fiz o que
pude com o que tenho aqui. Agora, eu vou precisar de ajuda pra leva-lo até
minha sala antes que esse garoto morra. Lá eu tenho alguns dozes de adrenalina.
Um pouco disso na corrente sanguínea e ele deve acordar se sentindo um pouco
fraco, mas logo vai ficar bem.
- João, Carlos.
Segurem os pés dele enquanto eu e Hugo ficamos com os braços. Esse garoto
deveria comer menos besteiras. Olha só o tamanho dele, deve pesar uns 100
quilos.
O caminho até a
sala do Doutor Whoe ela longo, eles devem ter andado quase o mesmo que já
haviam andado desde que chegaram ao subsolo. Mas nada de inoportuno os esperava
pelo caminho. E logo chegaram lá.
- Sala 27B! Olha, é
aqui. - Apontou Mariana.
- Isso quer dizer
que o Doutor Whoe era o que...quer dizer...quem procurávamos? - Indagou Ana.
- Vamos deixar as
perguntar pra depois. Primeiro que tal deixarmos esse carinha pesado onde o
Doutor Whoe possa trata-lo e depois vamos as perguntas. Ok? - Disse Mário.
- Ele tem razão.
Vamos. - Concluiu Ana.
Assim que deixaram Leo em cima de uma mesa,
Doutor Whoe logo procedeu a seu tratamento e depois aplicou uma doze de
adrenalina nele fazendo-o acordar num susto.
- O que foi que
houve?
- Eu meio que tentei
te matar.
- O que?
- Me desculpe por
isso. Como não tinha outra pessoa autorizada além de mim nesse lugar. Quando te
vi, eu pensei que você também estivesse infectado. Por um descuido meu e por
sua sorte no lugar de projéteis normais eu acabei carregando minha arma com
disparos de tranquilizantes.
- Infectado?
- É eu acho que
todos vocês já devem ter se deparado com algumas pessoas, vamos dizer, um tanto
agressivas.
- Agressivas é
pouco. Nos fomos atacados por um bando que olhava pra gente como se fossemos o
jantar. - disse Ana.
- Bom. Essas
pessoas foram infectadas por algo que acreditávamos ser um vírus. Por um tempo
procurávamos uma cura antes que essa doença atingisse a população. Mas parece
que isso não se trata de um simples vírus, na verdade quanto mais estudo essa
doença, mais tenho certeza de que não se trata de um vírus.
- Mas se não é um
vírus que deixa as pessoas assim então o que é? - Indagou Mário.
- Isso é o que
venho me perguntando. Não se parece com nada que conhecemos. Por um bom tempo tentamos
isolar o agente causador dessa doença, mas nunca tivemos sucesso. Identificamos
os sintomas e tudo mais, mas não encontramos nada. Todas as evidências que tínhamos
apontavam que se tratasse de um vírus. Então desenvolvemos uma vacina. E foi aí
que as coisas pioraram. Antes as pessoas infectadas apresentavam alguns
sintomas parecidos com o da raiva. Mas depois de entrar em contato com a vacina
elas se tornavam extremamente violentas e perdiam qualquer sinal de sanidade,
mas de alguma maneira elas se tornavam extremamente fortes. Uma força
incrivelmente maior do que qualquer pessoa alcançaria a não se que se
encontrasse em uma situação de vida ou morte. Depois disso tivemos que trancar
todos em celas separadas. E depois de um tempo alguns morreram, outros voltaram
ao que estavam antes, mas a grande maioria estava curada.
- Então vocês
conseguiram uma cura.
- De certa forma.
Sim, nós encontramos uma cura. Funcionava na grande maioria, mas era com a
minoria que devíamos nos preocupar, e não nos preocupamos. Os que não foram
curados foram submetidos à outra dose da vacina e os mortos foram cremados e as
cinzas enviadas para os seus parentes. Mas o que não esperávamos era que essas
cinzas também podiam transmitir a doença. E todos que entrassem em contato com
o recipiente das cinzas, mesmo sem abri-los, sem a devida proteção seriam
contaminados. E dessa forma a doença acabou se espalhando até chegar ao ponto
em que 90% dos funcionários estavam contaminados e não fazíamos ideia de como
estavam às coisas lá fora. Mas o problema é que em algum ponto a doença evoluiu
de leve agressividade e perda de memoria para aquilo que vocês viram.
- E onde é que tá o
Cláudio, afinal, esse laboratório e a sua pesquisa pertencem a ele.
- Em nosso ultimo
contato, ele me disse que iria te procurar para que viesse até aqui e depois
ele iria atrás dos membros da nossa velha equipe procurar ajuda.
- Bom. E em que
exatamente que ele precisa de ajuda?
Antes que Doutor
Whoe pudesse responder, um estranho alerta foi acionado fazendo uma luz
vermelha piscar em um painel em uma das maquinas da sala.
- Ele acordou.
- Quem? - perguntou
Mário.
- Venham. Vocês
precisam ver uma coisa.
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