segunda-feira, 18 de novembro de 2013

O Fantástico Mundo - O Futuro do Mundo

    E mais uma vez minha memoria havia me enganado e me deixado perdido em meio à multidão. Milhares de rostos passavam ao meu redor, mas nenhum deles conhecido. Que lugar era aquele? Onde diabos estava? Era tudo o que passava em mente, mas nenhuma resposta acolhedora viria àquelas perguntas.
    Já estava caminhando sem rumo havia horas quando a avistou e por um milésimo, uma simples fração de um momento que nunca mais poderia se repetir lá estava ela. Roxo, era a única cor que vinha em meio toda aquela turbulência de informações e pessoas transitando de um lado pro outro em busca de uma resposta para finalmente acalentar suas dúvidas sobre a vida e o que ela viria de lhes apresentar a seguir.
    Anos se passaram e ainda hoje não sei exatamente o que aconteceu, mas o que sei é que desde o momento em que à avistei pela primeira vez em diante eu não mais conseguiria abandoná-la. E lá estava eu seguindo ao seu lado sem mesmo ter certeza de seu nome (isso acontecia com certa frequência) seguindo rumo ao desconhecido. Por alguns lugares passamos, mas entre todos eles apenas um foi capaz de manter seu nome fixo e minha memória por mais que o tempo pudesse me calar. Era Sílvia, assim dizia ser enquanto falava em frente todos nós. Era loira e alta, e era levemente arrogante, ainda sim era uma boa pessoa, porem disso eu só pude saber alguns anos mais a frente e naquele momento estávamos lá assistindo enquanto Sílvia majestosamente nos falava sobre os segredos do universo que poderíamos descobrir caso seguíssemos o seu caminho.
    Sílvia era uma boa pessoa e me fez sentir um enorme lixo por não ser capaz de seguir seus passos a fim de desbravar os segredos que somente ela e poucos nesta terra de tupiniquins conheciam e por dois longos anos esta sensação se alongou até que pudesse conhecer a anã marrenta (mas isso é outra história).
    Depois de lá, seguimos em frente sem saber o que iriamos encontrar. Ainda hoje consigo me lembrar de seus olhos escuros, que alguns dizem ser castanhos, e daqueles caracóis ao longo de seus cabelos. A sensação que estava começando ali era totalmente desconhecida e apenas quase cinco anos depois fui capaz de perceber.
    O que era? Bom, talvez um dia saberá.

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